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Estela Aguiar

BAGUNÇA

Sou uma suburbana infiltrada na solidão que habita em São Paulo. Cidade gelada, sem meios e fins. 

Sou uma eterna bagunça, prejudicial a mim mesma. Sou uma eterna alma vagante que anda por ruas sem direcionamentos reais. 

Sou aquilo que não disseram pra ser, supurei as expectativas do extraordinário e minha meta? Atingir o que eles não imaginaram. 

Sou errante, apaixonada por alternativas de sempre, toda vida, dar o melhor para mim. Não me limito ao raso. 

A intensidade que aqui aflora, supera a tudo e a todos, sou fiel a ela, e serei mesmo com todos dizendo: ''seja equilibrada.''

Sou fora do limite, sempre acima da velocidade. 
Cresci ouvindo tudo que eles disseram, ódio, política, racismo velado e o escancarado. Cresci no lugar onde as politicas publicas não chegaram. 
Cresci em meio tudo aquilo que era utensílio para uma vida que duraria pouco, dias, semanas ou meses, perdi conhecidos. 
Me tornei sobrevivente da minha própria etnia, assim como outros irmãos. Me tornei a casca explosiva que pega fogo a qualquer momento, em qualquer lugar. 
Cheguei em cada fase, me permiti a cada ciclo. 
Ando em constante. permanente mudança. Hoje a vejo com bons olhos, mas já teve aquela época que eu relutava em sair da minha deliciosa zona de conforto.
Sou errante.
Novamente.
Todas ás vezes que a vida me permitir

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